Roberto Carlos (lateral esquerdo)
ROBERTO CARLOS DA SILVA
Jogar três Copas do Mundo como titular da seleção brasileira é feito para pouquíssimos jogadores. Provavelmente no dia 13 de junho Roberto Carlos vai conseguir essa façanha, juntando-se a nomes como Nílton Santos, Garrincha, Branco, Dunga e Taffarel.
Roberto Carlos chegará ao Mundial da Alemanha com 33 anos, levando para campo toda a experiência de quase dez temporadas como titular do Real Madrid.
Titular em toda as eliminatórias, o jogador tem total confiança do técnico Carlos Alberto Parreira, que nunca deu a entender nos últimos anos que havia brecha para uma reposição de peças na lateral esquerda.
Atleta de muita velocidade e com uma verdadeira "bomba" no pé esquerdo (faz a bola chegar a 120 km/h), Roberto Carlos não apenas conseguiu chegar à seleção nacional, sonho de qualquer jogador, mas também firmou-se como titular absoluto de sua época.
O lateral iniciou a sua carreira no União São João, da cidade de Araras. Logo em sua primeira temporada no Palmeiras, foi cogitado para a seleção brasileira, que se preparava para a Copa de 1994. Não foi convocado, mas firmou-se com um dos grandes nomes na posição.
Em 1995, foi contratado pela Inter de Milão por US$ 7 milhões. Porém não fez muito sucesso na Itália, sendo negociado após uma temporada com o Real Madrid, da Espanha.
Na equipe espanhola, Roberto Carlos atingiu o verdadeiro estrelato. Seus chutes, que às vezes resultavam em gols fantásticos, transformaram-se em uma atração à parte, em qualquer partida da qual participasse. Depois dos dois títulos nacionais seguidos conseguidos pelo Real, em 1996 e 1997, o jogador firmou-se como uma das principais estrelas do time.
Seu chute ganhou até análises científicas durante o Torneio da França, em 1997. No jogo da seleção brasileira contra os donos da casa, Roberto Carlos cobrou com muita força uma falta de fora da área em disparo de efeito.
A bola fez uma curva impressionante por fora da barreira e foi morrer no fundo das redes. Uma rede de TV britânica chegou a entrevistar um cientista japonês para que ele explicasse como era possível a bola ter obtido tanto efeito.
Na Copa de 1998, Roberto Carlos era um astro que, em termos de badalação, só perdia para Ronaldo. Era então o segundo melhor jogador do planeta, segundo a eleição da Fifa no ano anterior. Mas, dentro de campo, suas atuações foram decepcionantes. Após a derrota na final contra a França, foi um dos mais criticados, principalmente por sua tendência a enfeitar jogadas.
Quando Émerson Leão assumiu a seleção brasileira, no lugar de Vanderlei Luxemburgo, no segundo semestre de 2000, Roberto Carlos viu o seu prestígio despencar na equipe. O jogador chegou a ficar de fora, inclusive, de algumas convocações.
Porém, a estrela do Real Madrid voltou a ser titular indiscutível da equipe quando Luiz Felipe Scolari foi escolhido para substituir Leão.
Apontado como um dos vilões da perda do título contra a França em 1998, Roberto Carlos chegou praticamente como unanimidade na lateral-esquerda da seleção para a disputa do penta, na Coréia e no Japão. Suas atuações na Copa foram precisas e o gol de falta contra a China foi um dos mais belos do Mundial.
Hoje, depois de três conquistas da Liga dos Campeões, segue como um jogador importante para o Real Madrid. No entanto, seu futuro profissional depois da Copa deste ano ainda é incerto.
FICHA TÉCNICA
Nascimento: 10/04/1973, em Garça (SP)
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Peso: 67 kg
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Altura: 1,68 m
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Clubes: União São João (1990 a 1992); Palmeiras (1993 a 1995); Inter de Milão-ITA (1995 e 1996); Real Madrid-ESP (1996 a 2006)
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Títulos: Campeonato Paulista (1993/1994); Campeonato Brasileiro (1993/1994); Torneio Rio-São Paulo (1993); Campeonato Espanhol (1996/1997/2001/2003); Liga dos Campeões da Europa (1998/2000/2002); Mundial Interclubes (1998/2002); Torneio Pré-Olímpico (1996); Bronze nos Jogos Olímpicos (1996); Copa das Confederações (1997); Copa América (1997/1999); Copa do Mundo (2002)
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Copas: 2 (1998 e 2002)
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