Estes são os convocados pelo Parreira para a Copa 2006 na Alemanha. Os dados foram copiados da internet (UOL) para serem lidos e comentados.

Saturday, May 20, 2006

Fred (atacante)

FREDERICO CHAVES GUEDES
Vocação para o gol. Fred ganhou essa definição profissional depois do começo arrasador no futebol brasileiro e do bom início no futebol europeu. Nos últimos meses, o jogador do Lyon parece ter conquistado a confiança de Carlos Alberto Parreira, levando vantagem na briga para ir à Copa sobre uma gama de outros competentes homens de frente.
Na Alemanha, Fred começa como última opção para o ataque, que está repleto de "superestrelas" como alternativas. Mesmo assim, o mineiro de Teófilo Otoni tem gabarito para ser útil no Mundial.
A primeira aparição de Fred para o Brasil aconteceu na Copa São Paulo de Juniores de 2003, quando anotou um dos gols mais rápidos da história do futebol, chutando do meio do campo.
Após boas atuações com o América-MG, clube que o revelou, Fred foi parar no Cruzeiro. Na Toca da Raposa, o atacante passou pouco tempo, mas o suficiente para impressionar o país com sua média de gols impressionante.
Atualmente aos 22 anos, Fred enfrenta sua primeira temporada no futebol europeu. Com a camisa do Lyon, o mineiro vai começando a ganhar espaço com sua principal característica como trunfo, os gols.
Logo em seu jogo de estréia na França, Fred marcou dois gols na vitória do Lyon por 2 a 1 sobre o Monaco, no clássico da rodada.
Fred foi para o futebol francês no momento em que liderava a artilharia do Campeonato Brasileiro de 2005. Para ter a jovem promessa do Cruzeiro, o Lyon pagou 11 milhões de euros.
Dos jogadores que possivelmente vão à Copa do Mundo, Fred é o que tem histórico mais curto na seleção. A primeira partida do atacante pelo Brasil aconteceu no amistoso contra a Guatemala em São Paulo em abril de 2005. O atacante começou a ter o nome comentado como possível "convocável" após a grave lesão de Ricardo Oliveira, do Betis, que vinha integrando as relações de Parreira nos meses anteriores.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 03/10/1983, em Teófilo Otoni (MG)
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Peso: 75 kg
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Altura: 1,85 m
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Clubes: América-MG (2003 e 2004); Cruzeiro (2004 e 2005); Lyon-FRA (2005 e 2006)
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Títulos: Campeonato Francês (2006)
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Copas: nenhuma

Robinho (atacante)

RÓBSON DE SOUZA
Mais cara negociação já realizada por um clube brasileiro, a venda de Robinho do Santos para o Real Madrid marcou a transição de carreira da maior revelação do futebol nacional nos últimos anos. Ainda em adaptação na Europa, o jovem atacante vai para sua primeira Copa do Mundo neste ano.
Driblador, inteligente e artilheiro, Robinho conquistou a vaga no grupo do técnico Carlos Alberto Parreira ao longo das eliminatórias e durante a Copa das Confederações.
No futebol brasileiro, é considerado o grande responsável por revitalizar o Santos e sua torcida, liderando a equipe paulista em dois títulos nacionais.
Robinho começou carreira cedo no futebol. Como todo bom driblador, o atacante deu seus primeiros chutes nas quadras de futsal. Na época, na categoria "mamadeira", os torcedores do Esporte Clube Beira-Mar, em São Vicente, já previam que o novato se tornaria um craque.
Depois, o atacante foi para a Associação dos Portuários de Santos, onde pela primeira vez calçou uma chuteira. Daí para as categorias de base do Santos não demorou muito tempo. Já no clube, Robinho recebeu apoio de perto de Pelé, que era responsável direto pelos garotos que estavam sendo formados há alguns anos.
O ano de 2002, no entanto, foi mágico para o garoto. Robinho tornou-se profissional em janeiro e passou a treinar com aqueles que eram seus ídolos. Na época, o treinador Celso Roth evitava lançá-lo com a justificativa de que o jovem não tinha porte físico.
Porém, com a chegada de Emerson Leão em maio e a contenção financeira do clube, o atacante assumiu a camisa 7 e não saiu mais da equipe. Ao longo de toda a competição, Robinho voltou a fazer a torcida sorrir e despertou o interesse dos maiores clubes do mundo, valorizando o próprio passe.
Ainda em 2002, Robinho foi decisivo para a conquista do Campeonato Brasileiro. Na grande final, as bicicletas em cima do lateral-direito Rogério, do Corinthians, entraram para o folclore do futebol nacional.
No ano seguinte, o futebol de Robinho continuou a crescer, mas o Santos não chegou aos títulos - acabou vice-campeão da Libertadores e do Brasileiro. Em janeiro de 2004, ficou marcado pelo fracasso da seleção sub-23 no Pré-Olímpico do Chile.
Mas o jogador voltaria a ser o destaque no Santos no mesmo ano, com a conquista do bicampeonato do nacional. Tudo apesar de um drama familiar, pois a mãe de Robinho foi seqüestrada, e o atacante desfalcou o time durante 40 dias. A jovem estrela só retornou para o jogo final contra o Vasco, quando teve boa atuação na festa do título.
Em 2005, Robinho era mais ídolo do que nunca no Santos. Mas acabou deixando o clube para realizar o sonho de atuar na Europa após uma longa e desgastante negociação. O atacante aceitou abrir mão de parte do que ganharia na transação e também entrar em campo pelo time mais sete vez antes de chegar no Real Madrid. Hoje, depois de um tempo de atuações irregulares, Robinho enfim começa a deslanchar com a camisa do Real Madrid. Na Copa do Mundo, apesar da boa fase, o atacante deve brigar para jogar.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 25/01/1984, em São Vicente (SP)
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Peso: 60 kg
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Altura: 1,82 m
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Clubes: Santos (2002 a 2005); Real Madrid-ESP (2005 a 2006)
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Títulos: Campeonato Brasileiro (2002/2004); Copa das Confederações (2005)
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Copas: nenhuma

Adriano (atacante)

ADRIANO LEITE RIBEIRO
Das "superestrelas" da seleção, Adriano foi o jogador que ganhou essa condição mais recentemente. A revelação do Flamengo virou protagonista no time do técnico Carlos Alberto Parreira em decorrência de seu desempenho em duas conquistas brasileiros nos últimos anos.
Em 2004, numa seleção que não contava com suas principais peças, Adriano viu seu futebol "desabrochar" na Copa América do Peru, quando foi artilheiro e melhor jogador. Na decisão contra a Argentina, teve uma atuação memorável, marcando inclusive o gol que levou o confronto para os pênaltis nos descontos.
Um ano depois, Adriano se firmou como estrela de primeira grandeza da seleção no título da Copa das Confederações, no primeiro teste oficial do "quarteto ofensivo". O atacante da Inter de Milão foi protagonista mais uma vez e, novamente em final contra os argentinos, teve atuação de gala.
Lançado nos profissional do Flamengo no começo de 2000, o jovem atacante foi uma das mais gratas revelações das divisões de base do clube nos últimos anos e ganhou maior projeção ao defender a seleção brasileira sub-20 no Campeonato Sul-Americano do Equador.
O seu bom futebol e uma surpreendente convocação para a seleção brasileira principal, pelo técnico Emerson Leão, chamaram a atenção da Inter de Milão. Mas, na verdade, só foi parar na Itália numa negociação que levou o volante Vampeta para a Gávea.
O jogador, porém, demorou até vingar na Itália. Teve passagens por empréstimo por Fiorentina e Parma. Mais maduro, fez boas atuações, brigou pela artilharia do certame e retornou à Inter de Milão em 2004, já com status de craque.
Hoje, Adriano é o principal ídolo da Inter de Milão, time que conta com vários jogadores argentinos. Foi apelidado pela torcida italiana de "Imperador" e caiu nas graças de toda a Europa.
Na Itália, a principal missão é liderar a Inter na luta para tentar reverter a hegemonia da dupla Milan e Juventus nos últimos anos. Por enquanto, os únicos títulos que conquistou pelo clube foram na Copa da Itália, nos anos de 2005 e 2006.
Na seleção que vai à Copa, Adriano deve integrar o time titular, no ataque ao lado de Ronaldo, que foi seu parceiro na Inter de Milão por pouco tempo. A expectativa da torcida brasileira é que Adriano volte a brilhar e marcar gols, principalmente em partidas importantes contra adversários de peso, que parecem ser sua especialidade.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 17/02/1982, no Rio de Janeiro (RJ)
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Peso: 86 kg
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Altura: 1,89 m
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Clubes: Flamengo (2000 e 2001); Inter de Milão-ITA (2001 e 2002); Fiorentina-ITA (2002); Parma-ITA (2002 a 2004); Inter de Milão-ITA (2004 a 2006)
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Títulos: Sul Americano sub-20 (2001); Campeonato Carioca (2001); Copa da Itália (2005 / 2006); Copa América (2004); Copa das Confederações (2005)
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Copas: nenhuma

Ronaldo (atacante)

RONALDO LUIZ NAZÁRIO DE LIMA
Um desempenho favorável na Alemanha pode transformar Ronaldo no "Sr. Copa do Mundo". Se conseguir manter uma performance média, em relação aos Mundiais anteriores, o atacante do Real Madrid tem boas chances de virar o maior artilheiro e o maior ganhador da história da competição.
Ronaldo tem dois títulos de Copas no currículo. Ganhando mais uma, se junta a Pelé (Cafu também pode conseguir o mesmo feito) como jogador que mais venceu o Mundial.
O atacante de 29 anos também está perto de ser o maior artilheiro de Copas. Hoje, Ronaldo soma 12 gols, mesma marca de Pelé, atrás somente do francês Just Fontaine (13 gols) e do alemão Gerd Müller, maior goleador dos Mundiais, com 14 gols.
O retrospecto de Ronaldo no futebol se confunde com a história recente das Copas. Em 1994, o menino Bento Ribeiro, então com 17 anos, foi levado por Carlos Alberto Parreira para a Copa. Não teve chances de jogar, mas já começou a se habituar com o ambiente de seleção.
Quatro anos mais tarde, Ronaldo chegou à Copa da França como principal estrela do futebol mundial, vindo de dois títulos consecutivos de melhor do mundo da Fifa. Todos os olhos estavam voltados para o então jogador da Inter de Milão.
A estrela do time de Mário Zagallo fez um bom Mundial, mas o desfecho foi quase trágico. Horas antes da final contra os franceses, Ronaldo sofreu uma convulsão na concentração, em circunstâncias misteriosas até hoje. O atacante acabou não relacionado para a partida, mas chegou ao estádio em cima da hora e forçou sua escalação.
Na derrota para a França, Ronaldo não jogou bem. O sonho de brilhar em um Mundial, desta forma, ficava adiado para a Copa de 2002, na Coréia do Sul e Japão.
Mas nesse meio tempo, Ronaldo enfrentou o problema mais delicado de sua carreira, talvez de sua vida. O atacante sofreu duas lesões gravíssimas no joelho direito, ficando ausente dos gramados por praticamente dois anos.
Porém, numa reviravolta quase cinematográfica, Ronaldo conseguiu se recuperar para jogar a Copa de 2002, conseguindo o melhor desempenho de sua carreira. Marcou oito gols, dois deles na decisão contra a Alemanha, e ajudou o Brasil a conquistar o pentacampeonato.
O sucesso de Ronaldo no futebol foi precoce. Depois de ver as portas se fecharem no São Paulo e no Botafogo-RJ, que não aceitaram pagar R$ 25 mil por 50% de seu passe, pertencente a Alexandre Martins e Reinaldo Pitta, em 1993 o franzino Ronaldo desembarcou no Cruzeiro. O responsável por sua chegada foi Jairzinho, o furacão da Copa de 70, que conseguiu convencer os dirigentes da equipe mineira a pagar US$ 25 mil pelo garoto.
O indiscutível talento precoce logo chamou a atenção do treinador Carlos Alberto Silva, que o colocou entre os reservas da equipe. Em uma excursão do Cruzeiro à Europa, o treinador decidiu colocar Ronaldo, então com 16 anos, em algumas partidas. De volta ao Brasil, foi sendo utilizado aos poucos até conquistar definitivamente uma posição no ataque. Em 1993, ao disputar a Supercopa dos Campeões, o atacante foi o artilheiro com oito gols.
Ronaldo conquistou então uma merecida vaga na seleção que disputaria a Copa dos Estados Unidos. Por causa da presença do zagueiro Ronaldão, o atacante passou a ser conhecido no Brasil como Ronaldinho. O Cruzeiro acabou decidindo vendê-lo ao PSV Eindhoven por US$ 6 milhões. Na Europa, o goleador foi submetido a um tratamento físico para ganhar massa muscular.
Em 56 partidas, marcou 44 gols, ajudando o time a conquistar a Copa da Holanda, em 1996, e tornando-se o ídolo maior da equipe. Em março do mesmo ano, operou o joelho direito para retirar fragmentos de cartilagem que haviam aderido ao tendão da patela.
Na Olimpíada de Atlanta, foi destaque da seleção, com cinco gols. Mas, como o restante da equipe, ficou marcado pela perda da medalha de ouro após a eliminação diante da Nigéria.
O seu talento, no entanto, ganhava admiradores por todo o mundo, e, ainda em 1996, Ronaldo foi vendido ao Barcelona, da Espanha, por US$ 20 milhões. Na equipe catalã, o artilheiro ganhou a idolatria dos torcedores, exibindo uma velocidade cada vez maior e impressionando as platéias com seus dribles e gols fantásticos.
A Fifa acabou elegendo Ronaldo o melhor jogador do mundo em 1996. No ano seguinte, o atacante deixou-se levar por uma oferta milionária da Inter de Milão. O negócio de US$ 32 milhões foi realizado, e o atacante, chamado então pela imprensa italiana de "Fenômeno", não demorou a quebrar recordes. Marcou 25 gols, tornando-se o estrangeiro com a melhor artilharia em uma primeira temporada na Itália.
Depois dos anos se recuperando das cirurgias no joelho e da conquista da Copa do Mundo, Ronaldo alegou falta de compatibilidade com o então técnico Héctor Cúper para deixar a Inter. Numa das mais polêmicas transferências da história moderna do futebol, o brasileiro foi parar no Real Madrid. De volta ao futebol espanhol, Ronaldo manteve a média goleadora de toda sua carreira. Mas os títulos secaram. Depois de vencer a Liga da Espanha em sua primeira temporada, o brasileiro não ganhou mais nada com o Real. No clube, freqüentemente enfrenta cobranças, que variam sobre sua forma técnica ou seu estado físico.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 22/09/1976, no Rio de Janeiro (RJ)
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Peso: 81 kg
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Altura: 1,83 m
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Clubes: Cruzeiro (1993 e 1994); PSV Eindhoven-HOL (1994 a 1996); Barcelona-ESP (1996 e 1997); Inter de Milão-ITA (1997 a 2002); Real Madrid-ESP (2002 a 2006)
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Títulos: Campeonato Mineiro (1994); Copa da Holanda (1996); Copa do Rei (1997); Recopa Européia (1997); Copa da Uefa (1998); Mundial Interclubes (2002); Campeonato Espanhol (2003); Copa do Mundo (1994/2002); Copa América (1997/1999)
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Copas: 3 (1994, 1998 e 2002)

Ronaldinho Gaúcho (meio-campo)

RONALDO DE ASSIS MOREIRA
O mundo espera de Ronaldinho Gaúcho uma Copa do Mundo brilhante, irretocável. O desempenho do brasileiro com a camisa do Barcelona nas últimas duas temporadas faz com que a expectativa sobre o meia-atacante na Alemanha seja a maior entre todos os atletas que participarão da competição.
Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 2004 e 2005, Ronaldinho Gaúcho desfruta hoje de uma unanimidade raramente vista no futebol internacional. Além da torcida do Barcelona, que o venera, coleciona fãs em todo o "universo futebolístico", principalmente entre ex-craques, como Pelé e Diego Maradona.
Tirando a boa fase técnica e os títulos que já acumula, Ronaldinho Gaúcho construiu sua fama internacionalmente por seu domínio de bola incomum. Nos últimos anos, a técnica do brasileiro vem sendo explorada pelo mercado publicitário.
Umas das peças comerciais para televisão que traz Ronaldinho como protagonista virou polêmica e ajudou a difundir a fama do brasileiro. Nela, o meia do Barcelona aparece num vídeo dominando uma bola sem deixar cair, acertando o travessão quatro vezes consecutivas. O ídolo jura que não se trata de montagem.
Irmão do meia Assis, uma promessa de craque que chegou a ter bons momentos no Grêmio no final dos anos 80, Ronaldinho ganhou as primeiras chances no clube gaúcho em 1998. Não foram muitas, mas o suficiente para que fizesse seus primeiros sete gols como profissional.
Em 1999, seu primeiro grande ano, virou dono da camisa 10 e marcou 22 vezes. Destacou-se tanto que chegou à seleção brasileira, fazendo, na sua estréia, um gol antológico nos 7 a 0 sobre a Venezuela, na Copa América.
No início da temporada 2000, vários clubes europeus ameaçaram contratá-lo. Um assédio tão grande que o então presidente do clube, José Alberto Guerreiro, estampou na frente do estádio Olímpico uma faixa dizendo que o jovem craque era inegociável.
Apesar da disposição do Grêmio em mantê-lo, Ronaldinho assinou um pré-contrato com o Paris Saint-Germain. Após uma briga jurídica, que deixou o atleta cerca de seis meses afastado dos gramados, o meia voltou a atuar somente no segundo semestre de 2001 pelo time francês.
Os problemas extra-campo acabaram influindo na carreira do jogador na seleção brasileira durante as Eliminatórias. De titular absoluto da equipe, Ronaldinho tornou-se apenas mais uma opção para o ataque do time.
Com boas atuações nos amistosos que antecederam a Copa, porém, Ronaldinho Gaúcho iniciou o Mundial como uma das estrelas do elenco e titular absoluto, formando a linha de frente dos "três erres", ao lado de Ronaldo e Rivaldo.
Seu melhor momento no Mundial foi na partida contra a Inglaterra, quando deu passe para Rivaldo marcar o gol de empate da seleção e fez, de falta, o gol que acabou dando a vitória ao time. Na mesma partida, entretanto, foi expulso em razão de uma entrada violenta.
No ano seguinte, após uma disputa entre Manchester United e Barcelona, o jogador optou por jogar na Espanha. Pelo time catalão, virou "rei" em pouco tempo. Hoje, forma uma das duplas mais temidas do futebol mundial ao lado do atacante camaronês Samuel Eto'o.
Com o camaronês, Ronaldinho liderou o Barcelona na conquista da última Liga dos Campeões da Europa. Na final contra o Arsenal, o brasileiro não esteve em seus melhores dias, mas brilhou em toda a campanha da equipe espanhola.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 21/03/1980, em Porto Alegre (RS)
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Peso: 75 kg
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Altura: 1,80 m
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Clubes: Grêmio (1998 a 2000); Paris Saint-Germain-FRA (2001 a 2003); Barcelona-ESP (2003 a 2006)
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Títulos: Campeonato Gaúcho (1999); Campeonato Espanhol (2005 / 2006); Copa América (1999); Torneio Pré-Olímpico (2000); Copa do Mundo (2002); Copa das Confederações (2005); Liga dos Campeões da Europa (2006)
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Copas: 1 (2002)

Kaká (meio-campo)

RICARDO IZECSON SANTOS LEITE
Ele é o "intocável" da seleção de Carlos Alberto Parreira. Se há quatro anos Kaká era a jovem revelação que pouco teve oportunidades no grupo campeão de Luiz Felipe Scolari, hoje o meia do Milan chega à Copa do Mundo com reputação de grande estrela, como um dos homens que pode decidir a favor do Brasil.
Titular absoluto do Milan e reverenciado no futebol europeu, Kaká desempenha um papel importante no "quarteto ofensivo" da seleção brasileira, com responsabilidade de criar as jogadas e municiar os atacantes definidores.
Amadureceu com a camisa da seleção brasileira ao longo da campanha nas eliminatórias do Mundial. A grande afirmação, no entanto, aconteceu no título da Copa das Confederações, em 2005, quando teve atuação brilhante na vitória sobre a Argentina na decisão.
Os primeiros passos no futebol do meia nascido em Brasília aconteceram no São Paulo. Bastou Kaká estrear no time principal para os saudosistas começarem a compará-lo com o ex-meia Raí, um dos maiores jogadores da história do clube. Sua estatura, passadas largas e boa visão de jogo levaram os torcedores a chamarem a revelação de "o novo Raí".
Mas as semelhanças param por aí. Franzino, Kaká é um jogador "de laboratório". O meia foi acompanhado pelo Departamento de Fisiologia do São Paulo desde que entrou nas categorias de base do clube desde que descobriu-se que sua de idade óssea era defasada.
O meia teve sua primeira chance no time principal do São Paulo, num clássico contra o Santos, marcou um dos gols da vitória por 4 a 2 e se transformou na nova esperança da torcida tricolor. Voltou a destacar-se marcando duas vezes contra o Botafogo, na decisão do Torneio Rio-São Paulo. Depois do título, decidiu mudar a grafia de seu nome: mudou de "Cacá" para "Kaká".
Em 2001 assumiu de vez a condição de ídolo e titular do São Paulo. Após fazer um ótimo Campeonato Brasileiro, foi muito elogiado pelo técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari.
Kaká foi convocado para a Copa de 2002 e foi comparado a Ronaldo na Copa de 94. Jogador mais jovem do elenco, o então são-paulino teve melhor sorte que o "Fenômeno", já que chegou a atuar contra a Costa Rica, o que não aconteceu com Ronaldo na conquista do tetra.
Depois do título mundial, passou mais um ano no São Paulo. Mas, sofrendo a cobrança da torcida, que exigia conquistas, Kaká acabou decidindo precocemente optar pela aventura no futebol europeu. Até o momento, é possível dizer que a escolha do meia foi a mais adequada. Hoje, Kaká desfruta de respeito e idolatria equivalentes às grandes estrelas do Milan, como o ucraniano Shevchenko e o veterano Paolo Maldini. Até o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que também é proprietário do clube de Milão, já declarou ser fã do brasileiro.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 22/04/1982, em Brasília (DF)
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Peso: 76 kg
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Altura: 1,86 m
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Clubes: São Paulo (2000 a 2003); Milan-ITA (2003 a 2006)
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Títulos: Torneio Rio-São Paulo (2001); Campeonato Italiano (2004); Copa do Mundo (2002); Copa das Confederações (2005)
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Copas: 1 (2002)

Ricardinho (meio-campo)

RICARDO LUIZ POSSI RODRIGUES
Um jogador com carreira de destaque apenas no futebol brasileiro é exceção hoje em dia no grupo da seleção. É o caso de Ricardinho, que até teve passagens pela Europa, mas foi em competições locais que fez seu nome.
Foi com as camisas de Corinthians, São Paulo e Santos que Ricardinho conseguiu entrar na elite do futebol brasileiro. As passagens sem brilho por Bordeaux, na França, e Middlesbrough, na Inglaterra, constam apenas como experiências curriculares.
No futebol nacional, Ricardinho é um dos maiores "papa-títulos" da atualidade. O meia, revelado pelo Paraná, começou sua série vencedora pessoal com três estaduais pelo Tricolor paranaense (1995-96-97).
Ricardinho é campeão brasileiro três vezes, duas com o Corinthians (1998 e 1999) e outra com o Santos (2004). Nos grandes paulistas, só passou em branco com a camisa do São Paulo, clube em que atravessou sua pior fase técnica em gramados nacionais.
Pelo Corinthians, clube que acaba de retornar, também participou da conquista do Mundial de Clubes da Fifa, em 2000. Dois anos depois, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo e Copa do Brasil.
Para muia gente, o adjetivo de craque soa exagerado para definir Ricardinho. Mesmo assim, ele tornou-se uma referência para o meio-campo de grandes times brasileiros. Habilidoso e inteligente, dá início à maioria das ações ofensivas das equipes onde passa. Dribla com facilidade, coloca companheiros na cara do gol e finaliza muito bem, com personalidade.
Mesmo sendo natural de São Paulo, Ricardinho começou a sua carreira no Paraná Clube, onde trabalhou com Vanderlei Luxemburgo pela primeira vez. Mais tarde, o treinador pediria sua contratação assim que assumiu o Corinthians, em 1998. Na época, o meia estava no Bordeaux, da França.
Luxemburgo acabou adquirindo tanta confiança no futebol de Ricardinho que o convocou pela primeira vez para a seleção brasileira já para uma partida das eliminatórias: a estréia do Brasil na competição, contra a Colômbia, em abril.
Depois dessa partida, teve poucas chances na equipe. Jogou novamente contra a Colômbia, no Morumbi, quando o técnico da seleção já era Émerson Leão.
Chamado às pressas após o corte de Émerson por contusão, foi uma das opções de Luiz Felipe Scollari para entrar no segundo das partidas da Copa do Mundo. Seu bom toque de bola acalmou o Brasil em momentos difíceis no Mundial.
Após o Mundial, deixou o Corinthians para jogar no São Paulo. No clube do Morumbi, não foi o mesmo jogador e deixou o time no início de 2004. Porém não foi bem no futebol inglês e, em maio, acertou com o Santos. Após ser campeão brasileiro em 2004 e ter uma boa temporada em 2005, o jogador acertou sua volta ao clube de Parque São Jorge no início de 2006. A saída tumultuada para o São Paulo acabou sendo esquecida.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 23/05/1976, em São Paulo (SP)
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Peso: 73 kg
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Altura: 1,76 m
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Clubes: Paraná (1995 a 1997); Bordeaux-FRA (1997 e 1998); Corinthians (1998 a 2002); São Paulo (2002 a 2004); Middlesbrough-ING (2004); Santos (2004 e 2005); Corinthians (2006)
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Títulos: Campeonato Paranaense (1995/1996/1997); Campeonato Brasileiro (1998/1999/2004); Campeonato Paulista (1999/2001); Mundial de Clubes (2000); Torneio Rio-São Paulo (2002); Copa do Brasil (2002); Copa do Mundo (2002)
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Copas: 1 (2002)

Gilberto Silva (meio-campo)

GILBERTO APARECIDO DA SILVA
Poucas semanas depois de chegar ao Arsenal, seu atual clube, Gilberto Silva foi definido pelo técnico do time, o francês Arsene Wenger, como uma "parede invisível". Isso aconteceu em 2002, no auge da carreira do volante paulista de 29 anos.
No mesmo ano, Gilberto Silva acabou a Copa como titular da seleção brasileira e campeão mundial, em desfecho que parecia improvável meses antes, quando o então jogador do Atlético-MG não tinham vaga assegurada no grupo do técnico Luiz Felipe Scolari.
Algumas boas atuações em amistosos asseguraram a presença de Gilberto Silva na delegação que foi ao Mundial passado. A sorte também ajudou, pois o volante se tornou titular com a contusão de Émerson nas vésperas da Copa.
Mas a ascensão de Gilberto Silva começou anos antes. O volante chegou ao Atlético-MG em 2000, depois de ser contratado ao América mineiro, após uma árdua disputa com o Cruzeiro.
Começou como volante, mas foi adaptado à zaga em algumas partidas pelo treinador Márcio Araújo. Eficiente nas bolas altas, tem fôlego para marcar incansavelmente seu rival durante os 90 minutos de uma partida de futebol.
Em 2001 fez um ótimo Campeonato Brasileiro, sendo eleito para a seleção do campeonato. Com o sucesso no Atlético, foi ser convocado pela primeira vez para a seleção para jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo, já na reta final.
Na Europa, Gilberto Silva está próximo de completar quatro anos como jogador do Arsenal. O brasileiro ajudou o clube de Londres a conquistar um Campeonato Inglês e uma Copa da Inglaterra. Na última temporada, Gilberto Silva passou seis meses fora dos gramados, em recuperação de uma fratura. Desfalque do Arsenal, o volante também ficou bom tempo ausente na seleção brasileira.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 07/10/1976, Lagoa da Prata (MG)
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Peso: 74 kg
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Altura: 1,84 m
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Clubes: América-MG (1997 a 1999); Atlético-MG (2000 a 2002); Arsenal-ING (2002 a 2006)
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Títulos: Brasileiro Série B (1997); Campeonato Mineiro (2000); Copa da Inglaterra (2003/2005); Campeonato Inglês (2004); Copa do Mundo (2002); Copa das Confederações (2005)
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Copas: 1 (2002)

Juninho Pernambucano (meio-campo)

ANTÔNIO AUGUSTO RIBEIRO REIS JUNIOR
"Rei" na França, onde liderou o Lyon na conquista de quatro títulos nacionais seguidos, Juninho Pernambucano terá a chance de jogar a primeira Copa de sua carreira somente aos 31 anos. Mesmo sem Mundiais no currículo, o meia nascido em Recife é um dos jogadores mais experientes do grupo de Carlos Alberto Parreira.
Além da aventura vitoriosa na França com o Lyon, Juninho Pernambucano também pode se orgulhar dos títulos conquistados pelo Vasco. O meia defendeu o time carioca por seis anos e levantou dois Campeonatos Brasileiros e uma Copa Libertadores, entre outras taças.
O meia Juninho chegou ao Vasco sem muitas perspectivas de sucesso. Em 1995, foi usado como "contra-peso" numa negociação que envolvia a contratação do atacante Leonardo, com quem iniciou a carreira no Sport.
Entretanto, enquanto Leonardo teve uma passagem rápida e pífia por São Januário, Juninho em pouco tempo se transformou em um dos destaques da equipe. Talentoso e com grande visão de jogo, comandou a equipe carioca nos títulos do Estadual e da Libertadores em 1998.
No ano seguinte, mostrou versatilidade. Em alguns jogos foi escalado pelo técnico Antônio Lopes como volante de contenção, com a obrigação de marcar o adversário, roubar a bola e iniciar os contra-ataques. Dono de uma ótima resistência física, saiu-se bem na função. Acreditando no potencial do jogador, o Vasco chegou a recusar propostas de até US$ 10 milhões pelo jogador.
Na decisão da Copa João Havelange, contra o São Caetano, recusou-se a dar a volta olímpica com seus companheiros no estádio São Januário após a queda do alambrado, que interrompeu a partida ainda no primeiro tempo. E foi o único a desafiar Eurico Miranda, concedendo entrevistas em pleno vigor da "Lei da Mordaça".
Logo depois, alegando atrasos no pagamento de salários e direitos trabalhistas, entrou com uma ação na Justiça contra a equipe carioca pedindo a quebra do vínculo contratual. Com o aval do judiciário, transferiu-se para o Lyon, da França.
Especialista em faltas e bolas paradas em geral, Juninho Pernambucano se firmou no grupo de Parreira ao longo das eliminatórias para a Copa. O jogador do Lyon também participou da seleção campeã da Copa das Confederações de 2005.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 30/01/1975, em Recife (PE)
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Peso: 76 kg
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Altura: 1,79 m
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Clubes: Sport (1993 a 1995); Vasco (1995 a 2001); Lyon-FRA (2001 a 2006)
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Títulos: Campeonato Pernambucano (1994); Campeonato Brasileiro (1997/2000); Campeonato Carioca (1998); Copa Libertadores (1998); Torneio Rio-São Paulo (1999); Copa Mercosul (2000); Campeonato Francês (2002/2003/2004/2005/2006); Copa das Confederações (2005)
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Copas: nenhuma

Mineiro

CARLOS LUCIANO DA SILVA
Convocado para a Copa do Mundo numa emergência em 31 de maio por causa do problema de joelho de Edmílson, Mineiro confirma sua reputação de "sortudo" em momentos decisivos.

A fama de jogador de sorte nasceu no Mundial de Clubes da Fifa em 2005, no Japão. Afinal, foi de Mineiro, um dos jogadores mais competentes e, ao mesmo tempo, discretos do São Paulo o gol que valeu o título na final contra o campeão europeu Liverpool.

Ou seja, em vez de vir através de Amoroso ou até mesmo de uma falta cobrada pelo ídolo Rogério Ceni, o tri mundial do São Paulo foi garantido pelos pés desse volante talentoso, esforçado e voluntarioso.

A convocação de urgência, na opinião de parte da imprensa e da opinião pública, corrige uma injustiça cometida na convocação definitiva dos 23 da seleção.

Pelo trabalho e pela regularidade que demonstrou no São Paulo nas últimas duas temporadas, Mineiro era um dos jogadores mais pedidos, apesar de não ser chamado por Parreira desde o amistoso contra a Guatemala (despedida de Romário, no Pacaembu) em abril de 2005.

Apesar disso, Mineiro não é um novato na seleção. Sua primeira convocação foi em 2001. Destaque da Ponte Preta, o volante foi chamado por Émerson Leão, que então comandava a seleção brasileira, para o jogo contra o Peru pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.

Gaúcho de Porto Alegre, Mineiro ganhou esse apelido por causa de uma suposta semelhança com Cláudio Mineiro, lateral-esquerdo que jogou pelo Corinthians e pelo Inter de Porto Alegre nos anos 70 e 80.

Mas sua carreira profissional se desenvolveu toda no futebol paulista. Ele surgiu no Rio Branco de Americana, teve uma passagem pelo Guarani e, em 1998, chegou a outro clube de Campinas, a Ponte Preta.

Foram seis temporadas na Ponte até a transferência para o São Caetano em 2004. Foi no Azulão que Mineiro conquistou seu primeiro título, o Paulista daquele mesmo ano.

No ano passado, Mineiro mudou-se para o São Paulo e viu sua carreira mudar. Logo em março, voltou a ser lembrado para a seleção por Carlos Alberto Parreira para jogos de eliminatórias e, em abril, voltou a ser relacionado para o amistoso contra a Guatemala, que marcou a despedida de Romário da seleção.

O volante também ganhou mais um Paulista, mas esse título ficaria pequeno perto de outros dois: a Libertadores da América e o Mundial de Clubes, com seu histórico gol do título.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 02/08/1975, em Porto Alegre (RS)
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Peso: 65 kg
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Altura: 1,69 m
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Clubes: Rio Branco-SP (1994 a 1997 e 1998), Guarani (1997), Ponte Preta (1998 a 2003), São Caetano (2004), São Paulo (2005 a 2006)
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Títulos: Campeonato Paulista (2004, 2005), Copa Libertadores da América (2005), Mundial de Clubes (2005)
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Copas: Nenhuma

Edmilson (meio-campo)/Cortado

EDMILSON JOSÉ GOMES MORAES (cortado por contusão)
Volante, zagueiro, lateral-direito, meia, líbero. Todas essas posições constam no currículo de Edmílson, jogador do Barcelona, que em 2006 vai para a segunda Copa do Mundo de sua carreira.
Há quatro anos, o ex-jogador do São Paulo desempenhou papel importante no trio defensivo da seleção de Luiz Felipe Scolari, ao lado de Roque Júnior e Lúcio.
Depois de atuar nas categorias inferiores do XV de Jaú, Edmílson se profissionalizou no São Paulo em 1994, ainda no tempo de Telê Santana. Com a saída do treinador, perdeu espaço e só voltou a receber uma boa oportunidade em 1997, deslocado do meio-campo para a zaga.
No segundo semestre de 2000 foi negociado com o Lyon, da França, por US$ 10 milhões. Jogando no exterior, passou a ser lembrando pelos técnicos que passaram pela seleção brasileira durante as Eliminatórias da Copa 2002.
O jogador terminou o qualificatório sul-americano como titular da equipe de Luiz Felipe Scolari, atuando como líbero ou, às vezes, como segundo volante.
Na Copa do Mundo de 2002, Edmilson começou o mundial como titular mas perdeu a vaga para Anderson Polga logo no segundo jogo da seleção no Mundial.
Sua volta aconteceu logo no jogo seguinte e de forma triunfal. O jogador fez um dos gols mais belos da Copa contra Costa Rica, de bicicleta, e passou a fazer boas atuações durante a competição.
Depois de conquistar dois títulos franceses pelo Lyon, Edmílson teva a chance de se transferir para o Barcelona. Na primeira temporada na Espanha, o brasileiro jogou pouco, por causa de uma grave contusão. Mesmo assim, participou das partidas finais do Barça, campeão espanhol.
Hoje, Edmílson é nome importante do Barcelona, ao lado dos também brasileiros Ronaldinho Gaúcho, Belletti e Sylvinho. Atualmente vem jogando como volante. Mas sempre é "pau para toda obra".
Na última temporada, Edmílson foi peça importante na conquista de dois títulos, o bicampeonato espanhol e a Liga dos Campeões da Europa.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 10/07/1976, em Taquaritinga (SP)
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Peso: 70 kg
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Altura: 1,85 m
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Clubes: XV de Jaú (1993); São Paulo (1994 a 2000); Lyon-FRA (2000 a 2004); Barcelona-ESP (2004 a 2006)
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Títulos: Copa Conmebol (1994); Campeonato Paulista (1998 / 2000); Campeonato Francês (2002 / 2003 / 2004); Copa da Liga Francesa (2001); Campeonato Espanhol (2005 / 2006); Copa do Mundo (2002); Liga dos Campeões da Europa (2006)
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Copas: 1 (2002)

Zé Roberto (meio-campo)

JOSÉ ROBERTO DA SILVA JÚNIOR
Há quem diga que o funcionamento ideal do "quarteto ofensivo" idealizado pelo técnico Carlos Alberto Parreira depende diretamente do desempenho de Zé Roberto no meio-campo. Talvez seja por isso que o jogador do Bayern de Munique tenha tanta moral com o técnico da seleção brasileira.
Um dos mais experientes jogadores da geração que vai à Copa, Zé Roberto tem, aos 31 anos, a grande chance pela seleção brasileira. O jogador participou como reserva do grupo vice-campeão em 1998 e, mesmo no auge técnico de sua carreira, não foi lembrado por Luiz Felipe Scolari para o Mundial de 2002.
Zé Roberto leva para o meio-campo da seleção toda a experiência de quase oito anos jogando no futebol alemão. Hoje, o brasileiro é nome importante do Bayer de Munique. Mas o paulista chegou ao futebol alemão em 1998, para vestir a camisa do Bayer Leverkusen.
Antes, o meio-campo teve uma passagem breve pelo Real Madrid, em sua primeira experiência no futebol internacional. Na Espanha, Zé Roberto permaneceu por apenas seis meses.
O titular de Parreira foi revelado pela Portuguesa na primeira metade dos anos 90. Com o clube paulista, despontou nacionalmente com o time que disputou e perdeu a final do Campeonato Brasileiro de 1996. Ainda no Brasil, Zé Roberto o jogador passou rapidamente pelo Flamenho, em 1998.
O brasileiro de 31 anos começou a carreira como lateral-esquerdo, onde conseguiu projeção. Mas, ao longo dos anos, principalmente depois da chegada ao futebol europeu, Zé Roberto iniciou a transição para virar um jogador de meio-campo.
Na atual formação da seleção brasileira, Zé Roberto abdica de sua vocação criativa para reforçar a marcação de meio-campo. Esporadicamente, o jogador do Bayern aparece na ala esquerda em jogadas de ataque. Tudo para ajudar o funcionamento do "quarteto ofensivo", oferecendo liberdade aos homens de frente.

FICHA TÉCNICA
06/07/1974, em São Paulo (SP)
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Peso: 72 kg
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Altura: 1,75 m
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Clubes: Portuguesa (1994 a 1997); Real Madrid-ESP (1997 e 1998); Flamengo (1998); Bayer Leverkusen-ALE (1998 a 2002); Bayern de Munique-ALE (2002 a 2006)
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Títulos: Campeonato Alemão (2003/2005); Copa da Alemanha (2003/2005/2006); Liga dos Campeões (1998); Copa América (1997/1999); Copa das Confederações (1997/2005)
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Copas: 1 (1998)

Émerson (meio-campo)

ÉMERSON FERREIRA DA ROSA
Por motivos óbvios, jogar uma Copa do Mundo significa muito para qualquer atleta no planeta. No entanto, a edição 2006 da competição tem um sabor ainda mais gratificante para o volante Émerson, que provavelmente será titular da seleção de Carlos Alberto Parreira na Alemanha.
Titular do time de Luiz Felipe Scolari há quatro anos, Émerson deixou de disputar o Mundial de 2002 por ter sofrido uma contusão no ombro a poucos dias da estréia brasileira.
Por isso, somente em 2006 o jogador, que completa 30 anos em abril, vai disputar sua segunda Copa. Émerson esteve no grupo de 1998 e teve atuação destacada na vitória sobre a Holanda na semifinal.
Revelado pelo Grêmio, Émerson começou a jogar como meia. Pelo time gaúcho, conquistou uma Copa do Brasil (1994), um Campeonato Brasileiro (1996) e uma Copa Libertadores (1995).
A primeira aventura de Émerson no futebol europeu foi na Alemanha, com a camisa do Bayer Leverkusen. Lá, os títulos não voltaram a se repetir. No entanto, o brasileiro foi eleito o melhor jogador do Campeonato Alemão de 1999-2000.
No mesmo ano, o volante trocou a Alemanha pela Itália. Émerson foi jogar na Roma, onde virou o "queridinho" do badalado técnico Fabio Capello.
Émerson rapidamente virou destaque no meio-campo da Roma e ajudou a equipe da capital a acabar com um longo jejum de títulos na Série A da Itália.
Depois de passar quatro anos na Roma, Émerson, que interessava ao Real Madrid, foi levado para a Juventus por indicação de Fabio Capello. No time de Turim, conquistou pela segunda vez o Campeonato Italiano.
Hoje, Émerson integra o meio-campo que para muita gente é o melhor do mundo. Além do brasileiro, o setor da Juventus conta com o francês Vieira, o tcheco Nedved e o italiano Camoranesi. O volante, nascido em Pelotas, tem como principal característica a capacidade de marcação. Essa virtude possivelmente será importante para que o "quarteto de frente" do Brasil tenha liberdade criativa na Copa. Émerson também tem boa qualidade de passe e visão de jogo.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 04/04/1976, em Pelotas (RS))
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Peso: 82 kg
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Altura: 1,84 m
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Clubes: Grêmio (1994 a 1997); Bayer Leverkusen-ALE (1997 a 2000); Roma-ITA (2000 a 2004); Juventus-ITA (2004 a 2006)
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Títulos: Copa do Brasil (1994); Campeonato Gaúcho (1995/1996); Copa Libertadores (1995); Recopa Sul-Americana (1996); Campeonato Brasileiro (1996); Campeonato Italiano (2001/2005); Copa América (1999); Copa das Confederações (2005)
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Copas: 1 (1998)

Cris (zagueiro)

CRISTIANO MARQUE GOMES
Zagueiro discreto, Cris surpreende quando vai ao ataque nas jogadas de bola parada.
Dono de uma ótima impulsão e senso de colocação, suas cabeçadas representam um grande perigo para os adversários.
Cris acabou indo para o Cruzeiro envolvido na negociação entre o também zagueiro João Carlos e o Corinthians.
A diretoria da equipe mineira achou ótimo o negócio proposto pelos paulistas: US$ 4 milhões pelo passe de um atleta de 27 anos, além de ceder uma jovem promessa.
Contando com a simpatia do técnico Wanderley Luxemburgo, com quem trabalhou no Timão, Cris tve suas primeiras oportunidades na Seleção Brasileira.
Acabou participando da vitoriosa campanha da seleção Sub-23 no Pré-Olímpico de Londrina, no início de 2000, que garantiu para o Brasil uma vaga nos Jogos de Sydney.
O jogador participou de algumas partidas nas Eliminatórias para a Copa da Coréia e Japão, mas acabou não sendo chamado por Luiz Felipe Scolari.
Com Carlos Alberto Parreira na seleção brasileira o zagueiro teve poucas chances nas Eliminatórias e amistosos, mas acabou sendo beneficiado pelas diversas contusões de atletas que tinham a preferência do treinador, como Roque Júnior, e foi chamado para o Mundial da Alemanha.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 03/06/1977, em Guaraulhos (SP)
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Peso: 77 kg
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Altura: 1,83 m
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Clubes: Corinthians (1995 a 1999); Cruzeiro (1999 a 2002); Bayer Leverkusen (2002 e 2003); Lyon (2004)
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Títulos: Paulista (95, 97, 99), Copa do Brasil (95, 2000), Recopa Sul-Americana (97), Pré-Olímpico (2000), Sul-Minas (2001), Brasileiro (93), Francês (2005, 2006)
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Copas: nenhuma

Juan (zagueiro)

JUAN SILVEIRA DOS SANTOS
A habilidade de Juan é incomum para zagueiros. Provável nome no grupo do técnico Carlos Alberto Parreira que vai à Copa do Mundo, o jogador do Bayer Leverkusen, da Alemanha, é um defensor com muitos atributos.
Além de técnico, Juan é um zagueiro de boa colocação, tranqüilo e competente no jogo aéreo. No seu time na Alemanha, forma dupla de defesa com o compatriota Roque Júnior.
Juan arrebatou a confiança de Parreira na conquista da seleção brasileira na Copa América de 2004, quando teve boa performance do começo ao fim da competição. Na decisão contra a Argentina, o zagueiro anotou o último gol na decisão de pênaltis.
Nas eliminatórias para a Copa, Juan foi nome freqüente nas convocações de Carlos Alberto Parreira. Em 2005, teve uma de suas poucas falhas com a camisa brasileira, no empate com a Croácia por 1 a 1, vacilando num recuo de bola para o goleiro.
O zagueiro de 1,82 m, nascido no Rio de Janeiro, despontou para o futebol com a camisa do Flamengo. Com o clube da Gávea, conquistou o tricampeonato carioca de 1999, 2000 e 2001. Também adicionou ao currículo a Copa Mercosul de 1999.
Atualmente Juan é um dos principais jogadores do Bayer Leverkusen. O zagueiro carioca é titular absoluto da equipe dirigida pelo técnico Michael Skibbe.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 01/02/1979, no Rio de Janeiro (RJ)
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Peso: 73 kg
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Altura: 1,82 m
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Clubes: Flamengo (1996 a 2002); Bayer Leverkusen (2002 a 2006)
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Títulos: Sul-Americano Sub-17 (1995); Mundial Sub-17 (1995); Campeonato Carioca (1999/2000/2001); Copa Mercosul (1999); Copa dos Campeões (2001); Copa América (2004); Copa das Confederações (2005)
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Copas: nenhuma

Luisão (zagueiro)

ÂNDERSON LUÍS DA SILVA
Segurança é a principal característica do zagueiro Luisão, que provavelmente estará no grupo de defensores que o técnico Carlos Alberto Parreira levará à Copa do Mundo deste ano.
Luisão arrebatou a confiança de Parreira na conquista da seleção na Copa América de 2004, quando teve boa performance em toda a competição. Na final contra a Argentina, fez um dos gols brasileiros.
Mas o zagueiro teve uma estreia para esquecer na selecção brasileira, em 2001, numa humilhante derrota com as Honduras, nas quartas-de-final da Copa América.
Paulista da cidade de Amparo, Luisão começou a carreira no Juventus. Mas foi com a camisa do Cruzeiro que despontou para o futebol brasileiro. Hoje, Luisão é destaque no time titular do Benfica. Na última temporada, ajudou a popular equipe de Lisboa a por fim a um incômodo jejum de títulos.
Depois do português Simão Sabrosa, Luisão foi o jogador mais utilizado na equipe do Benfica que foi campeã 11 anos.
O brasileiro marcou dois gols nos 2540 minutos que esteve em campo, incluindo aquele que permitiu aos "encarnados" derrotarem o Sporting num confronto decisivo. Bom no jogo aéreo, Luisão tem como virtudes a qualidade do passe e a antecipação aos adversários. No entanto, não é um jogador de velocidade e explosão.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 13/02/1981, em Amparo (SP)
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Peso: 84 kg
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Altura: 1,92 m
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Clubes: Juventus (1999 a 2000); Cruzeiro (2000 a 2003); Benfica-POR (2003 a 2006)
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Títulos: Copa do Brasil (2000/2003); Copa Sul-Minas (2001/2002); Campeonato Mineiro (2003); Copa de Portugal (2004); Campeonato Português (2005); Copa América (2004); Copa das Confederações (2005)
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Copas: nenhuma

Lúcio (zagueiro)

LUCIMAR DA SILVA FERREIRA
Raça é um elemento que não se pode cobrar de Lúcio. O zagueiro, campeão do mundo com a seleção em 2002, algumas vezes levanta desconfianças quanto a sua fase técnica. No entanto, sempre foi um jogador valente e um líder natural. Com o técnico Carlos Alberto Parreira, sempre esteve prestigiado.
Na Alemanha há quase seis anos, Lúcio desfruta de muito respeito. A revelação do Internacional chegou ao futebol europeu para defender o Bayer Leverkusen. Anos depois, foi "promovido", se transferindo para o Bayern de Munique, uma potência no continente.
Lúcio chega à Copa de 2006 para conseguir façanha de poucos zagueiros na história do futebol brasileiro: ser titular da seleção em dois Mundiais seguidos.
Em 2002, formou trio defensivo eficaz ao lado de Roque Júnior e Edmílson. Nem mesmo a falha nas quartas-de-final contra a Inglaterra, quando "deu passe" para um gol de Michael Owen, comprometeu seu desempenho no geral.
Apesar de jogar na zaga, Lúcio tem a incontrolável mania de se lançar para o ataque, entusiasmando e assustando a torcida.
Mas raramente o seu esforço resulta em gol. Em boa parte das vezes, termina em um perigoso contra-ataque adversário. Apesar disso, o brasiliense Lúcio é era dos ídolos da galera colorada, pela garra e determinação com que atua.
Em 2000, foi convocado pelo técnico da seleção brasileira, Vanderlei Luxemburgo, para a Olimpíada. O jogador se transformou em titular da equipe olímpica, e sua garra era visivel. Nas quartas-de-final, quando o Brasil perdeu para Camarões, Lúcio se irritou com o atacante Roger e lhe deu uma cabeçada.
O começo de Lúcio no futebol profissional aconteceu em 1996, no Gama, em sua terra natal. Depois, o jogador teve a chance de se transferir para o Internacional, onde brilhou e ganhou projeção nacional.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 08/05/1978, em Brasília (DF)
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Peso: 80 kg
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Altura: 1,88m
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Clubes: Gama (1996 a 1999); Internacional (1998 a 2000); Bayer Leverkusen-ALE (2000 a 2004); Bayern de Munique (2004 a 2006)
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Títulos: Campeonato Brasiliense (1997); Campeonato Alemão (2005); Copa da Alemanha (2005, 2006); Copa do Mundo (2002); Copa das Confederações (2005)
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Copas: 1 (2002)

Gilberto (lateral esquerdo)

GILBERTO DA SILVA MELO
Carioca de Vila Isabel, Gilberto venceu uma das concorrências mais acirradas da seleção brasileira que tentará o hexacampeonato. Mesmo sem jogar como lateral em seu clube, o Hertha Berlin, o meia será o reserva de Roberto Carlos na Alemanha.
A mudança não deve trazer problemas para o jogador, que virou meia em 2004, no São Caetano. Tanto que na campanha vitoriosa da Copa das Confederações de 2005, o meia-lateral foi o titular da posição - Roberto Carlos ganhou descanso na ocasião.
Além disso, Gilberto já vivenciou mudança muito mais drástica em seu posicionamento. Quando começou sua carreira no futsal, origem comum entre os selecionáveis brasileiros, o jogador atuou como goleiro. À época, foi essa a maneira que Gilberto encontrou para convencer o treinador a lhe dar lugar no time - foi reprovado no teste dos jogadores "de linha".
Quando já agradava mais com os pés que com as mãos, Gilberto chegou em 1993 ao América, clube pelo qual, com 17 anos, fez sua estréia como profissional. O adversário era o Flamengo. Como se não bastasse o desafio, com a camisa rubro-negra estava Nélio, irmão de Gilberto e campeão brasileiro pelo time da Gávea em 1992. Logo depois, os dois jogariam juntos no Flamengo.
Vítima da primeira era Kléber Leite, cartola que preteriu a então comprovada fábrica de craques rubro-negra para dar lugar a caras - e na maioria das vezes, ineficientes - contratações, Gilberto defendeu o Cruzeiro em 1998. Brilhou a ponto de despertar o interesse da Internazionale, da Itália, para onde se transferiu em 1999.
Com poucas chances de atuar e sem conseguir se adaptar ao frio milanês - obstáculo superado, vide seu sucesso na ainda mais fria Alemanha -, Gilberto retornou ao Brasil para jogar pelo Vasco, clube pelo qual foi vice-campeão mundial de clubes - ele chegou a perdeu um dos pênaltis na final contra a Corinthians.
Mas esse não foi o principal problema enfrentado por Gilberto na sua passagem por São Januário. Em agosto de 2000, depois de diversas radiografias, ressonâncias e tomografias, veio o diagnóstico: fissura na 5ª vértebra da coluna espinhal. Em outubro do mesmo ano foi operado e teve que passar por seções diárias de fisioterapia.
Recuperado da lesão na coluna, Gilberto seguiu no Vasco até 2002 quando se transferiu para o Grêmio. No Rio Grande do Sul, Gilberto teve foi chamado pela primeira vez para a seleção brasileira - Parreira o incluiu na lista que disputou a Copa das Confederações daquele ano.
A boa fase teve seqüência em 2004, quando Gilberto, atuando como meia, comandou o São Caetano na inédita conquista do título paulista. Ainda em 2004, Gilberto foi chamado novamente por Parreira, desta vez para a Copa América, mas uma lesão na coxa o tirou da disputa do torneio. Quem assumiu o posto de titular foi Gustavo Nery, coincidentemente um dos seus concorrentes para a vaga no time que vai à Copa. Em alta, Gilberto acertou em julho de 2004 com o Hertha Berlin. Em 2005, destaque na equipe alemã onde jogou 33 dos 34 jogos do clube na Bundesliga, Gilberto, um ano depois do corte na Copa América, foi novamente chamado para defender a camisa canarinho.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 25/04/1976, no Rio de Janeiro (RJ)
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Peso: 78 kg
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Altura: 1,80 m
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Clubes: América-RJ (1993 a 1995), Americano (1993 a 1995), Flamengo (1996 a 1997), Cruzeiro (1998), Inter de Milão-ITA (1999), Vasco (1999 a 2001), Grêmio (2002 a 2003), São Caetano (2004), Hertha Berlin-ALE (2004 a 2006)
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Títulos: Estadual do Rio (1996), Campeonato Mineiro (1998), Campeonato Brasileiro (2000)
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Copas: nenhuma

Roberto Carlos (lateral esquerdo)

ROBERTO CARLOS DA SILVA
Jogar três Copas do Mundo como titular da seleção brasileira é feito para pouquíssimos jogadores. Provavelmente no dia 13 de junho Roberto Carlos vai conseguir essa façanha, juntando-se a nomes como Nílton Santos, Garrincha, Branco, Dunga e Taffarel.
Roberto Carlos chegará ao Mundial da Alemanha com 33 anos, levando para campo toda a experiência de quase dez temporadas como titular do Real Madrid.
Titular em toda as eliminatórias, o jogador tem total confiança do técnico Carlos Alberto Parreira, que nunca deu a entender nos últimos anos que havia brecha para uma reposição de peças na lateral esquerda.
Atleta de muita velocidade e com uma verdadeira "bomba" no pé esquerdo (faz a bola chegar a 120 km/h), Roberto Carlos não apenas conseguiu chegar à seleção nacional, sonho de qualquer jogador, mas também firmou-se como titular absoluto de sua época.
O lateral iniciou a sua carreira no União São João, da cidade de Araras. Logo em sua primeira temporada no Palmeiras, foi cogitado para a seleção brasileira, que se preparava para a Copa de 1994. Não foi convocado, mas firmou-se com um dos grandes nomes na posição.
Em 1995, foi contratado pela Inter de Milão por US$ 7 milhões. Porém não fez muito sucesso na Itália, sendo negociado após uma temporada com o Real Madrid, da Espanha.
Na equipe espanhola, Roberto Carlos atingiu o verdadeiro estrelato. Seus chutes, que às vezes resultavam em gols fantásticos, transformaram-se em uma atração à parte, em qualquer partida da qual participasse. Depois dos dois títulos nacionais seguidos conseguidos pelo Real, em 1996 e 1997, o jogador firmou-se como uma das principais estrelas do time.
Seu chute ganhou até análises científicas durante o Torneio da França, em 1997. No jogo da seleção brasileira contra os donos da casa, Roberto Carlos cobrou com muita força uma falta de fora da área em disparo de efeito.
A bola fez uma curva impressionante por fora da barreira e foi morrer no fundo das redes. Uma rede de TV britânica chegou a entrevistar um cientista japonês para que ele explicasse como era possível a bola ter obtido tanto efeito.
Na Copa de 1998, Roberto Carlos era um astro que, em termos de badalação, só perdia para Ronaldo. Era então o segundo melhor jogador do planeta, segundo a eleição da Fifa no ano anterior. Mas, dentro de campo, suas atuações foram decepcionantes. Após a derrota na final contra a França, foi um dos mais criticados, principalmente por sua tendência a enfeitar jogadas.
Quando Émerson Leão assumiu a seleção brasileira, no lugar de Vanderlei Luxemburgo, no segundo semestre de 2000, Roberto Carlos viu o seu prestígio despencar na equipe. O jogador chegou a ficar de fora, inclusive, de algumas convocações.
Porém, a estrela do Real Madrid voltou a ser titular indiscutível da equipe quando Luiz Felipe Scolari foi escolhido para substituir Leão.
Apontado como um dos vilões da perda do título contra a França em 1998, Roberto Carlos chegou praticamente como unanimidade na lateral-esquerda da seleção para a disputa do penta, na Coréia e no Japão. Suas atuações na Copa foram precisas e o gol de falta contra a China foi um dos mais belos do Mundial.
Hoje, depois de três conquistas da Liga dos Campeões, segue como um jogador importante para o Real Madrid. No entanto, seu futuro profissional depois da Copa deste ano ainda é incerto.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 10/04/1973, em Garça (SP)
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Peso: 67 kg
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Altura: 1,68 m
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Clubes: União São João (1990 a 1992); Palmeiras (1993 a 1995); Inter de Milão-ITA (1995 e 1996); Real Madrid-ESP (1996 a 2006)
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Títulos: Campeonato Paulista (1993/1994); Campeonato Brasileiro (1993/1994); Torneio Rio-São Paulo (1993); Campeonato Espanhol (1996/1997/2001/2003); Liga dos Campeões da Europa (1998/2000/2002); Mundial Interclubes (1998/2002); Torneio Pré-Olímpico (1996); Bronze nos Jogos Olímpicos (1996); Copa das Confederações (1997); Copa América (1997/1999); Copa do Mundo (2002)
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Copas: 2 (1998 e 2002)

Cicinho (lateral direito)

CÍCERO JOÃO DE CÉZARE
Gols e atuações decisivas pelo São Paulo nas conquistas da Copa Libertadores e Mundial de Clubes em 2005 fizeram de Cicinho um jogador da primeira linha do futebol nacional. Hoje integrante da "legião brasileira" do Real Madrid, o lateral-direito tem vaga conquistada no grupo da seleção de Carlos Alberto Parreira.
A participação no título da Copa das Confederações do último ano foi decisiva para que Cicinho conquistasse a confiança do treinador da seleção. Como titular, com a ausência de Cafu, o lateral teve atuação destacada, principalmente na goleada por 4 a 1 na final contra a arqui-rival Argentina.
Cicinho, que chegará à Copa com 26 anos, passou por algumas equipes antes de "explodir" definitivamente para o futebol brasileiro. Revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, o paulista de Pradópolis foi negociado com o Atlético-MG em 2001. Na primeira passagem pela equipe mineira, o lateral não conseguiu desenvolver seu futebol.
Em seguida, Cicinho vestiu a camisa do Botafogo carioca, onde também não obteve êxito. Somente no retorno ao Atlético-MG o futebol do lateral começou a florescer, principalmente com seu grande desempenho no Brasileiro de 2003.
No final do mesmo ano, Cicinho, com salários atrasados no Atlético-MG, resolveu entrar na Justiça do trabalho para se desvincular do clube. A batalha nos tribunais não foi fácil, mas o jogador acabou vencendo a disputa. Livre, o lateral acertou transferência para o São Paulo.
No primeiro ano no São Paulo, mesmo sem títulos, Cicinho já conseguiu se firmar como um dos principais jogadores do time, tanto na "gestão" do técnico Cuca quanto sob comando de Emerson Leão.
O ano de 2005 foi "dourado" para o jogador. Logo de cara, Cicinho ajudou o São Paulo a sair de um pequeno jejum com a conquista do Campeonato Paulista. Leão deu lugar a Paulo Autuori, mas a equipe seguiu na trilha de conquistas.
Cicinho brilhou na Libertadores, principalmente no confronto de oitavas-de-final contra o Palmeiras, quando marcou gols decisivos nas duas partidas. Na final, o São Paulo se tornou tricampeão ao derrotar o Atlético-PR.
No final de 2005, Cicinho se despediu do São Paulo com a boa participação no Mundial de Clubes da Fifa no Japão. Após o tricampeonato, o lateral partiu para o Real Madrid, onde começa a obter êxito ao lado de outros brasileiros.
Cicinho é um lateral com virtudes essencialmente ofensivas. Chega com facilidade à linha de fundo, tem boa qualidade de assistências e chuta bem em gol.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 24/06/1980, Pradópolis (SP)
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Peso: 69 kg
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Altura: 1,69 m
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Clubes: Botafogo-SP (2000); Atlético-MG (2001); Botafogo (2001 e 2002); Atlético-MG (2002 e 2003); São Paulo (2003 a 2005); Real Madrid-ESP (2006)
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Títulos: Campeonato Paulista (2005); Copa Libertadores (2005); Mundial de Clubes (2005); Copa das Confederações (2005)
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Copas: nenhuma

Cafu (lateral direito)

Marcos Evangelista de Moraes
Mesmo antes da edição da Alemanha neste ano, a história das Copas do Mundo já reserva um capítulo especial a Cafu. O lateral-direito do Milan é o único jogador no retrospecto da competição a disputar três finais consecutivas (1994, 1998 e 2002).
Além disso, Cafu tem no currículo as participações nas conquistas do tetra e do pentacampeonato da seleção brasileira, levantando a taça como capitão na Copa passada.
Cafu vai chegar à Copa com 36 anos (completa aniversário no começo de junho), mas a idade não vem sendo um obstáculo na carreira do ex-são-paulino e ex-palmeirense, que sempre foi conhecido como jogador de privilegiada capacidade física. Se vencer um problema de lesão no joelho esquerdo, provavelmente será o capitão do time de Parreira nos gramados alemães.
O lateral do Milan só é hoje jogador de futebol por ser, também, muito teimoso. Antes de ser finalmente descoberto pelo técnico Cilinho no pequeno Itaquaquecetuba - então na terceira divisão paulista, em 1987 -, ele teve de passar (e ser dispensado) em nada menos que oito peneiras.
Só no São Paulo foram quatro tentativas, além de outras na Portuguesa, no Corinthians, no Nacional de São Paulo e até no Atlético-MG. Titular do São Paulo a partir de 1989, logo começou a mostrar suas principais características: polivalência, fôlego acima da média e muita, muita velocidade.
Bendita hora em que o técnico Carlos Alberto Silva escolheu Cafu, que até então jogava de volante, para substituir o lateral-direito Zé Teodoro, machucado, em um jogo contra o Goiás pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, no São Paulo, chegou a atuar também na defesa, no meio-campo e no ataque.
Em seis anos, Cafu conquistou um Campeonato Brasileiro (1991), dois Paulistas (1991 e 1992), duas Libertadores e dois Mundiais (1992 e 1993). Na seleção, depois da vexatória desclassificação para as Olimpíadas de 1992 com um empate diante da Venezuela, a afirmação de Cafu só viria na Copa de 1994, ano em que se sagrou campeão do mundo. Na final, substituiu o titular Jorginho, lesionado.
Logo depois da Copa, o Zaragoza, da Espanha, pagou US$ 3,6 milhões para levar Cafu. Lá, o lateral faturou uma Recopa. Debaixo de muita polêmica (e dos protestos da diretoria do São Paulo), o passe do jogador acabou comprado pela Parmalat.
Após um curto e estratégico estágio no Juventude, de Caxias do Sul, e lá estava Cafu novamente em um grande clube de São Paulo, o Palmeiras, para faturar outro título, o paulista de 1996. Na verdade, a passagem pelo time do Sul, também patrocinado pela Parmalat, foi apenas uma manobra da empresa para driblar impedimentos de contrato e colocá-lo no Parque Antarctica.
A partir de 1997, Cafu passa a defender a Roma, da Itália. Unanimidade na posição desde a Copa de 1998, o lateral permanece como o melhor lateral-direito do país, tanto pela carência de talentos por aquele setor como pelas suas qualidades. Depois da Roma, onde conquistou um título italiano, Cafu foi contratado pelo Milan. No superpoderoso time italiano, o veterano brasileiro obteve mais um "scudetto" da Série A e consegue se manter jogando em alto nível na elite do futebol europeu.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 07/06/1970, em São Paulo (SP)
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Peso: 74 kg
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Altura: 1,76 m
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Clubes: São Paulo (1989 a 1994); Zaragoza-ESP (1994 e 1995); Palmeiras (1995 a 1997); Juventude (1995); Roma-ITA (1997 a 2003); Milan-ITA (2004 a 2006)
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Títulos: Campeonato Paulista (1989/1991/1992/1996); Campeonato Brasileiro (1991); Copa Libertadores (1992/1993); Mundial Interclubes (1992/1993); Recopa Sul-Americana (1993/1994); Supercopa da Libertadores (1993); Recopa Européia (1995); Campeonato Italiano (2001/2004); Copa do Mundo (1994/2002); Copa América (1997/1999)
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Copas: 3 (1994, 1998 e 2002)

Júlio César (goleiro)

JÚLIO CÉSAR
A Copa América de 2004 foi um divisor de águas na carreira de Júlio César. Herói na decisão por pênaltis contra a Argentina, o goleiro acabou ganhando a confiança do técnico Carlos Alberto Parreira e também um lugar no grupo que vai ao Mundial deste ano.
Depois da heróica conquista no Peru, Júlio César abandonou o Flamengo, clube em que foi ídolo da torcida mesmo em períodos dramáticos, como nas lutas para escapar do rebaixamento. O retrospecto na seleção levou o carioca ao futebol europeu, para defender o gol da "potência" Inter de Milão.
Ágil e com bons reflexos, Júlio César era tido como grande promessa desde garoto. Tanto que estreou com apenas 17 anos, substituindo o então titular Zé Carlos, contra o Palmeiras, em 1997. Na partida seguinte, atuou pela primeira vez desde o início do jogo.
O Flamengo perdeu por 2 a 0 para o Fluminense, dia 17 de maio, pelo Campeonato Carioca, mas o goleiro cumpriu seu papel, defendendo um pênalti cobrado pelo lateral-direito Ronald.
Apesar de ter estreado em 1997, Júlio César jogou poucas partidas em 1998 e sequer entrou em campo em jogos oficiais em 1999, pois o reserva imediato de Clemer era Robson.
O goleiro assumiu a condição de titular do Flamengo somente no Campeonato Brasileiro de 2000, sendo um dos grandes responsáveis pela conquista do Estadual do Rio de Janeiro e a Copa dos Campeões em 2001.
No dia 31 de outubro de 2001, Júlio César completou o 100º jogo como profissional do Flamengo na goleada de 4 a 0 sobre o Independiente, da Argentina, pela Copa Mercosul.
Apesar da marca, o time rubro-negro estava passando por péssima fase no Campeonato Brasileiro, salvando-se do rebaixamento apenas na última partida da competição.
Júlio César é convocado para a seleção brasileira desde as categorias de base. Foi chamado pela primeira vez para a equipe principal para os amistosos contra a Bolívia e contra a Arábia Saudita, no início de 2002.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 03/09/1979, em Caxias (RJ)
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Peso: 82 kg
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Altura: 1,87 m
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Clubes: Flamengo (1997 a 2004); Reggina-ITA (2005); Inter de Milão-ITA (2005 e 2006)
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Títulos: Campeonato Sul-Americano Sub-17 (1995); Campeonato Carioca (1999/2000/2001/2004); Copa Mercosul (1999); Copa dos Campeões (2001); Copa América (2004); Copa das Confederações (2005); Copa da Itália (2006)
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Copas: nenhuma

Rogério Ceni (goleiro)

Rogério Ceni
Mais que artilheiro, Rogério Ceni é um goleiro de “chegada”. Sim, pois assim como ocorreu na Copa da Ásia, há quatro anos, o número um do São Paulo inscreveu seu nome entre os 23 jogadores que vão ao Mundial pelo Brasil na reta final.
Ao contrário de Dida, Marcos e Júlio César, Ceni teve apenas o amistoso contra a Rússia como oportunidade para mostrar a Carlos Alberto Parreira e a sua comissão técnica que teria condições de repetir na seleção o faz no Morumbi. Afinal, em 2005 o goleiro liderou o São Paulo na conquista dos títulos paulista, sul-americano e mundial.
Mas a atuação em Moscou não foi o suficiente para selar a presença de Rogério Ceni. Ela só veio porque Marcos, titular na campanha do pentacampeonato, não convenceu Parreira que estaria 100% recuperado de uma lesão na coxa. Os dois concorriam porque o treinador decidiu que levaria a Alemanha dois goleiros experientes – Dida é um deles – e um novato – no caso Júlio César.
Dono de reflexo apurado, reposição de bola invejável e eficiente nas saídas pelo alto – peca quando tem que sair do gol por baixo, já que costuma se “ajoelhar” na frente dos atacantes -, Rogério se notabiliza também por ser um exímio cobrador de faltas.
Embora não goste nem um pouco de ser comparado com o goleiro paraguaio José Luís Chilavert, em termos de futebol mundial somente os dois têm tantos gols marcados na carreira – está a um, segundo números da Fifa, de igualar a marca de 62 gols do paraguaio.
Rogério começou sua carreira no Sinop, do Mato Grosso, e logo em seu jogo de estréia defendeu um pênalti contra o Cáceres e assumiu a camisa titular. Naquele mesmo ano, ele se sagrou campeão mato-grossense e conquistou seu primeiro título como profissional. Em 1991, Rogério chegou ao São Paulo.
Sua primeira grande chance foi logo após a conquista do título da Copa São Paulo de juniores de 1993. Rogério foi o titular do que na época foi chamado de Expressinho, equipe são-paulina formada por jogadores em início de carreira que jogou a Copa Conmebol.
Depois de conquistar o título, Rogério assumiria de vez a reserva de Zetti. Após uma espera de três anos, ele finalmente conquistou a vaga de titular com a saída de Zetti do Morumbi.
Foi convocado para a seleção brasileira, mas disputou apenas uma competição oficial. Foi em 1997, ganhando a Copa das Confederações, na Arábia Saudita. Mas, ainda assim, se indispôs com o então técnico, hoje coordenador, Mario Jorge Lobo Zagallo. O goleiro reclamou da “brincadeira” dos outros jogadores de, sem permissão, cortar o cabelo dos colegas. O Velho Lobo viu “falta de espírito de grupo”.
Com a entrada de Luxemburgo no comando da seleção, Rogério teve novamente uma chance. Mas uma péssima atuação contra a equipe do Barcelona, num amistoso que não valia nada, deixou Rogério de fora das novas listas de convocação.
Depois de um longo exílio, o goleiro voltou a ser convocado pelo técnico Émerson Leão e assumiu a condição de titular da Seleção Brasileira. Na vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa de 2002, Rogério teve a chance de bater uma falta e quase marcou o seu primeiro gol com a camisa amarelinha. Mas, com Parreira, não deve ter essa chance – a prioridade nas faltas será de Ronaldinho, Adriano, Roberto Carlos, Juninho Pernambucano, etc...

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 22/01/1973, em Pato Branco (PR)
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Peso: 85 kg
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Altura: 1,88 m
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Clubes: Sinop (1990), São Paulo (1991 - )
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Títulos: Campeonato Mato-grossense (1990), Mundial Interclubes (1993), Copa Libertadores da América (1993 e 2005), Supercopa da Libertadores (1993), Recopa Sul-Americana (1993 e 1994), Copa São Paulo de Juniores (1993), Copa Conmebol (1994), Copa das Confederações (1997), Campeonato Paulista (1998, 2000 e 2005), Torneio Rio-São Paulo (2001), Copa do Mundo (2002), Mundial de Clubes da Fifa (2005)
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Copas: 1 (2002)

Dida (goleiro)

Nelson de Jesus Silva
Bater pênalti quando o goleiro é Dida não é das missões mais fáceis no futebol atual. Muitos jogadores sabem disso, principalmente os atletas da Juventus que pararam nas mãos do milanista na decisão da Liga dos Campeões de 2002-03, ou o são-paulino Raí que perdeu duas vezes o duelo frente a frente com o então corintiano na semifinal do Brasileiro de 1999.
Reserva em duas Copas (1998 e 2002), Dida parece que finalmente, aos 32 anos, terá a chance de ser titular do Brasil num Mundial. O camisa 1 do Milan, que na verdade é muito mais do que um pegador de pênaltis, foi o preferido do técnico Carlos Alberto Parreira durante todas as eliminatórias e provavelmente estará em campo na partida de estréia do Brasil contra a Croácia no dia 13 de junho.
Nem mesmo as recentes atuações irregulares pelo Milan no Campeonato Italiano abalaram a confiança de Parreira em Dida. O treinador da seleção já declarou que o baiano é a sua opção para o gol.
O primeiro grande momento de Dida na carreira aconteceu no Brasileiro de 1993, quando foi vice-campeão brasileiro pelo Vitória. No ano seguinte, o goleiro mudou-se para o Cruzeiro, clube no qual seria ídolo e, mais tarde, vilão.
Dida teve anos vitoriosos na equipe mineira, com quatro títulos estaduais e uma Copa do Brasil, e foi adorado pela torcida celeste. Mas esse período não acabou da melhor maneira: depois de problemas com a diretoria do Cruzeiro, Dida forçou a sua saída do time para poder jogar no Milan.
Depois de a Fifa ter liberado a sua transferência para a equipe italiana, o Milan decidiu emprestar Dida para o Lugano (SUI) e, posteriormente, para o Corinthians. Quando a equipe corintiana enfrentou o Cruzeiro no Mineirão, pelo Brasileiro de 99, Dida sentiu o ódio dos cruzeirenses: foi alvo de vaias e palavras hostis da torcida que antes o amava.
No Corinthians, conquistou o título mais importante de sua carreira: o Mundial de Clubes da Fifa em 2000. Porém, após a derrota para o Palmeiras na Libertadores desse mesmo ano, o goleiro decidiu seguir para o Milan, com quem tinha vínculo contratual.
A partir daí, Dida passou a viver um dos piores momentos de sua carreira. Foi pego com um passaporte falsificado pela Justiça italiana e acabou suspenso. Com a demissão de Vanderlei Luxemburgo da seleção, perdeu o lugar como titular para Rogério Ceni, o preferido de Émerson Leão.
Quando Luiz Felipe Scolari assumiu a seleção, o goleiro voltou a ser chamado para a equipe, porém para a reserva do palmeirense Marcos. Suspenso na Itália, foi novamente emprestado pelo Milan para o Corinthians. Na última passagem pelo clube paulista, conquistou o Torneio Rio-São Paulo e a Copa do Brasil
De temperamento frio, calado e contido mesmo nos momentos mais emocionantes de uma decisão, Dida tem obtido uma maior regularidade nas suas atuações ao longo da carreira.
Mas ainda peca em quesito importante para qualquer goleiro: a saída do gol. Nada que apague, porém, o fato de que Dida tornou-se uma dor de cabeça para qualquer centroavante adversário, principalmente em cobranças de pênalti.

FICHA TÉCNICA
Nascimento: 07/10/1973, em Irará (BA)
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Peso: 85 kg
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Altura: 1,95 m
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Clubes: Vitória (1992 e 1993); Cruzeiro (1994 a 1998); Lugano-SUI (1998 e 1999); Corinthians (1999 e 2000); Milan-ITA (2000 e 2001); Corinthians (2001 e 2002); Milan (2003 a 2006)
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Títulos: Campeonato Baiano (1992); Campeonato Mineiro (1994/1996/1997/1998); Copa do Brasil (1996/2002); Campeonato Brasileiro (1999); Mundial de Clubes da Fifa (2000); Torneio Rio-São Paulo (2002); Liga dos Campeões da Europa (2003); Campeonato Italiano (2004); Copa América (1999); Copa das Confederações (1999); Copa do Mundo (2002)
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Copas: 2 (1998 e 2002)